Sociedade

Principal órgão de futebol da China se volta para os e-sports após fiasco nas eliminatórias da Copa do Mundo

Depois de não conseguir se classificar para a Copa do Mundo de 2026, o país está lançando um time nacional de futebol virtual. Será que a glória digital compensará a derrota no mundo real?

Goleiro chinês Wang Dalei cumprimenta espectadores após partida das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo da FIFA 2026 entre China e Bahrein em Chongqing, China, em junho. Os chineses venceram por 1 a 0, mas não se classificaram para a competição mundial. [Chen Cheng/Xinhua via AFP)
Goleiro chinês Wang Dalei cumprimenta espectadores após partida das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo da FIFA 2026 entre China e Bahrein em Chongqing, China, em junho. Os chineses venceram por 1 a 0, mas não se classificaram para a competição mundial. [Chen Cheng/Xinhua via AFP)

Por AFP |

O principal órgão de futebol da China anunciou em 22 de julho que planeja formar uma equipe nacional de e-sports, uma incursão surpreendente nos jogos virtuais após um desempenho desanimador que fez com que o país não se classificasse para a Copa do Mundo da FIFA 2026.

A nova equipe nacional de futebol digital competirá em “eventos organizados pela FIFA, pela Confederação Asiática de Futebol e por outras organizações”, informou a Associação Chinesa de Futebol (CFA).

No mês passado, a CFA demitiu o técnico da seleção, Branko Ivankovic, após a derrota por 1 a 0 para a Indonésia, um resultado que acabou com as esperanças da China de se classificar para a Copa do Mundo.

Mas, enquanto a China ocupa a 94ª posição no ranking mundial da FIFA, duas posições abaixo do minúsculo Luxemburgo, para tristeza de sua vasta base de fãs, o setor de esportes eletrônicos do país está crescendo.

Em 2024, o segmento contava com aproximadamente 490 milhões de usuários, gerou US$ 38,5 bilhões em receita anual e sediou 124 competições de e-sports.

A incursão da CFA nos esportes eletrônicos provocou reações diversas entre os fãs chineses de futebol.

“Acho que isso pode funcionar”, disse um usuário do Weibo.

“Temos uma base considerável de jogadores de esportes eletrônicos em nosso país e a seleção de talentos é relativamente justa”, continuou ele.

Outros se mostraram menos otimistas.

"Eles prejudicaram o futebol na vida real e agora querem atrapalhar o futebol nos esportes eletrônicos", escreveu outro usuário.

Gostou desta matéria?


Captcha *