Segurança
Exército dos EUA promove exercícios no Canal do Panamá
Enquanto tensões sobre o papel da China no Canal do Panamá aumentam, aeronaves militares dos EUA pousam no Panamá para exercícios conjuntos com o objetivo de defender uma das rotas comerciais mais estratégicas do mundo.
Aeronaves e efetivos militares dos EUA chegam à Base Aérea Teniente Octavio Rodríguez Garrido, no Panamá, para realizar uma série de exercícios conjuntos com a polícia panamenha, a fim de proteger o Canal do Panamá em meio a tensões associadas à influência chinesa nessa importante rota comercial. [Mauricio Valenzuela/AFP]
Por AFP e Entorno |
O Exército dos Estados Unidos realiza, em parceria com a polícia panamenha, uma nova série de exercícios, programada entre 13 e 18 de julho, com o objetivo de proteger o Canal do Panamá em meio às crescentes tensões associadas à influência chinesa ao longo da rota comercial estratégica.
Para dar início às manobras, três helicópteros do Exército dos EUA chegaram ao Panamá em 13 de julho — dois helicópteros UH-60 Black Hawk e um CH-47 Chinook —, aterrissaram no Aeroporto Panamá Pacífico, antiga base americana de Howard.
Os exercícios irão preparar as forças do Panamá, assim como as de outros países da região, contra ameaças à segurança e defesa do canal, disse Michael Palacios, subcomissário do Serviço Nacional Aeronaval do Panamá, conhecido como SENAN.
Soldados americanos fizeram exercícios semelhantes no Panamá há um mês, sob um acordo Panamá-EUA que permite a Washington usar bases aéreas e navais panamenhas para treinamento sem estabelecer bases próprias.
![O presidente chinês, Xi Jinping, conversa por interfone com o capitão do navio Shipping Rose, da COSCO, enquanto aguarda nas primeiras eclusas do Canal do Panamá. Xi, acompanhado pelo então presidente panamenho, Juan Carlos Varela, visitou as eclusas ampliadas do canal em dezembro de 2018. [Xie Huanchi/Xinhua via AFP]](/gc4/images/2025/07/14/51150-xi_panama-600_384.webp)
As manobras dos EUA ocorrerão até 18 de julho e respeitarão a "soberania nacional", disseram autoridades do SENAN.
O exercício é realizado há 23 anos, afirmou Palacios.
A China é acusada de exercer influência desmedida sobre o Canal do Panamá, uma artéria vital para o comércio global que transporta 5% do comércio mundial e responsável por quase 40% de todo o tráfego de contêineres dos EUA.